sábado, 3 de dezembro de 2011

Em busca da grande aliança 1

Administrar um grande grupo político que já tem, pelo menos 8 pré-candidatos disputando “hipoteticamente” a “sua” indicação para eleição majoritária do ano que vem, não é o único problema do prefeito Raimundo Lisboa no seu audacioso plano de formar a grande aliança por Bacabal. Pela ordem os nomes seriam Taugi Lago(acordo político), Dr. Júnior do SAAE(preferência pessoal), José Alberto Veloso(apelo popular – aí entraria também Alberto Filho), Nonato Chaves e César Brito(secretários rebeldes), José Vieira Lins(ex-atual-aliado) e Liduina Tavares(a surpresa). Isso, sem dizer que João Alberto nunca disse que não será candidato. Aí o numero subiria para nove.

Mas esses nomes têm gravitado bem ao redor e sob o comando do prefeito de Bacabal. Os maiores problemas advirão no momento em que apenas dois tiverem que ser definidos. O fato é urgente, mas pode não ser breve.

Breve é a definição dos nomes e alianças que serão formadas a nível proporcional visando o preenchimento das, agora, 17 vagas da câmara de vereadores de Bacabal.

Hoje

A atual câmara municipal é formada por 10 vereadores: Manoel da Concórdia(PSB), Serafim Reis(PMDB), Maninho(PMDB), Nezinho Moura(PSDB), Ute Almeida(PRP), Mônica Loiola(PDT), Liduina Tavares(PTB), Ilton Alves(PST), Fernando Sousa(PP) e Erivelton Martins(PP). Desses os oito primeiros formavam a bancada de apoio ao governo Raimundo Lisboa, apenas Fernando Sousa e Erivelton Martins, faziam, inicialmente, oposição. Contudo, Liduina e Ilton lançaram-se pré-candidatos a prefeito. Teoricamente também deveriam fazer oposição. Por outro lado Fernando e Erivelton deixaram a minoria oposicionista e se agregaram a Lisboa juntamente com o deputado federal José Vieira.

Também teoricamente todos deveriam se reeleger, uma vez que sete novas vagas estão sendo abertas para o próximo pleito. Isso, na visão de alguns, daria vantagem a quem já está no exercício da função.

Mais algumas decisões e posições mudarão esse quadro e trarão mão de obra extra para a formação da aliança “pretendida” pelo prefeito Raimundo Lisboa. E tudo começa com uma defecção. Ute Almeida já declarou não ser candidata à vereadora. Também afirma que nenhum membro da sua família o será, mas deixa aberta a possibilidade de candidatar-se a outro cargo. Os dois restantes são prefeito e vice. Ute não anunciou pré-candidatura a prefeito.

Ute desistiu...

Ilton fez jogo de cena e acabou arrumando confusão no MAB, onde quer ser ungido candidato das oposições à sucessão de Lisboa. Antes passeou pelas casas de José Vieira e José Alberto Veloso. No MAB tem que bater de frente com Antônio Carlos Lago e convencer José Carlos Reis Filho. Fora do MAB tem também que empreitar uma briga com o suplente Paulo Campos, que passou de aliado de Ilton a “desejoso” da sua vaga na câmara municipal. Ele deixou o PSDB.

A neo-oposicionista Liduina Tavares pegou a todos de surpresa e também anunciou pré-candidatura. As razões da nova posição não ficaram bem claras em suas explicações, mas Liduina tem o controle da legenda a qual está filiada e a legenda pode lhe garantir poder de barganha, e/ou vaga como candidata no pleito do ano que vem.

Liduina anunciou pré-candidatura...

Só aí já se abrem três vagas para a câmara, das 10 que deveriam ser naturalmente ocupadas pelos atuais “donos”.

Novos problemas

Mas não são só essas as dores de cabeça para a formação da aliança proporcional. O presidente da câmara, Manoel da Concórdia, tem seu “passe preso” ao PSB, partido que hoje se agrupa ao MAB, sendo, portanto oposição ao governo Lisboa. Concórdia não pode deixar a legenda por medo de perder o mandato por infidelidade e teme se lançar candidato em um movimento oposicionista. Pode e deve recorrer a um nome dentro da família para substituí-lo.

Na mesma situação se encontra a vereadora Mônica Loiola. Mônica tem “passe preso” ao PDT. O Partido também é um dos formadores do MAB. Como Concórdia ela pode lançar mão de um nome da própria família. O esposo, ex-tesoureiro da prefeitura de Bacabal, ex-vereador também por Bacabal e ex-vice-prefeito de Bom Lugar, Peregrino Dias Neto, deve ser alavancado à condição de substituto.

Mônica vai abrir mão da vaga...

São mais duas vagas que, certamente, ficarão abertas. Dos 10 vereadores que hoje formam a câmara municipal de Bacabal cinco, seguramente, já estão fora da disputa. Serão cinco novas vagas para cinco novos nomes.

Nezinho Moura, em uma jogada de efeito patrocinada por Raimundo Lisboa, deixou o PDT e ingressou no PSDB. Corre risco de cassação, mas aí é que está a estória. Lisboa também agilizou a transferência do mesmo PDT dos suplentes Airton Lima e Jonas Medeiros. A iniciativa de pedir o mandato de Nezinho de volta ficou então, por conta do próprio partido e do Ministério Público Eleitoral. Por enquanto tem vaga e candidatura a reeleição assegurada.

Fernando Sousa e Erivelton Martins também estão em situação complicada. Eles ficaram “presos” ao PP, sigla controlada pelo deputado estadual Carlinhos Florêncio, hoje adversário de Lisboa e do deputado federal José Vieira Lins. Fernando e Erivelton só podem esperar para ver em qual palanque irão subir. Dependem das oscilações de Florêncio, que já foi aliado de João Alberto/Taugi, já foi aliado de José Vieira Lins, hoje “navega a deriva” e está mais náufrago do que para encontrar um porto seguro.

Maninho e Serafim, ambos do PMDB, também não voam em “céu de brigadeiro”. Dependem da habilidade de Lisboa em costurar a grande aliança. Mas se a grande aliança sair Serafim Reis será o mais prejudicado, principalmente se o nome a candidato de consenso for o de José Vieira Lins. Serafim combate Vieira por idealismo e teria inúmeras dificuldades em compor com o mesmo. Maninho é fisiológico e já gravitou em torno de José Vieira.

Ambos se dariam bem com Alberto Filho, José Alberto, Dr. Júnior do SAAE ou até mesmo o próprio João Alberto candidato. Maninho não se afina bem com a família Lago. O nome de Taugi lago não é o seu preferido.

Como articulador e coordenador da sua própria sucessão Lisboa tem que administrar todas essas derivadas e ainda trabalhar com outras, como a consolidação de novos e antigos nomes que sempre empreitam aventura de uma candidatura a vereador.

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